Saúde bucal depois dos 60 anos: o que você sabe sobre isso?
De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o número de brasileiros com mais de 60 anos saltou de 4 milhões em 1950, para 43 milhões em 2020. Isso significa que várias áreas, como lazer, transporte adaptativo e serviços prioritários, por exemplo, precisaram replanejar suas estruturas, para dar o devido atendimento a esta parcela da população. E com a odontologia não foi diferente.
Apesar de já bem desenvolvidos, os serviços odontológicos voltados para pessoas em idade avançada precisam evoluir, principalmente, em relação à educação e disseminação de informação. Diante disso, resolvemos escrever um pouco sobre a especialização que cuida da saúde bucal de idosos, prevenindo e tratando os problemas comuns nessa faixa etária – a odontogeriatria.
Alguns desafios da área
Problemas de saúde bucal podem afetar o organismo de qualquer pessoa, em qualquer idade. No entanto, à medida que envelhecemos, essa condição fica mais séria, já que o sistema imunológico se torna mais sensível.
Além disso, devido a diminuição da produção de saliva e uso contínuo de medicamentos, alguns problemas bucais tendem a aparecer com maior frequência como aftas ou mucosites e desmineralização dos dentes. Também, doenças como gengivite e periodontite surgem com mais frequência em idosos em função do sistema imunológico mais fragilizado. Dentre elas, a periodontite talvez seja a mais grave, pois, quando não tratada, pode causar problemas cardíacos.
Cuidados necessários com a saúde bucal e a presença do odontogeriatra na vida do paciente
Já faz alguns anos que os cuidados na terceira idade ultrapassam questões de saúde. Hoje, eles estão preocupados também em como a saúde bucal reflete na sua aparência.
Sendo assim, deixamos abaixo uma série de medidas capazes de assegurar, tanto a beleza do sorriso do idoso, quanto sua integridade e saúde bucal:
> Manter a higiene bucal adequada
Essa é a forma mais efetiva e barata de manter dentes bonitos e saudáveis por toda a vida. Por isso, é importante manter as recomendações de escovação após as refeições e uso do fio dental pelo menos uma vez ao dia. Se necessário, complementar a limpeza com um enxaguante sem álcool para manter bactérias causadoras de placa bacteriana e mau hálito longe da boca.
> Atentar à escovação
Com o passar dos anos, a gengiva se torna mais sensível, o que implica a escolha de uma escova de dente macia para evitar o surgimento de aftas nas estruturas da arcada dentária e das mucosas orais.
> Ter cuidado extra com as próteses
É importante manter uma rotina de limpeza da prótese com sabonete neutro, evitando que restos alimentares permaneçam na cavidade oral. Próteses costumam acumular resíduos alimentares com muita facilidade e, se não forem limpas adequadamente, vão contribuir para a proliferação de bactérias, deixando o idoso suscetível a sofrer com inflamações nas gengivas e com a incidência de mau hálito.
> Hidratar-se sempre
Produzindo menos saliva, é essencial que o idoso tome bastante líquido ao longo do dia (ou masque chiclete sem açúcar) para evitar lesões nas gengivas devido à má adaptação das próteses.
> Visitar periodicamente o odontogeriatra
Com o avanço da idade, a saúde bucal requer mais cuidados, tornando indispensável as visitas periódicas ao dentista para a prevenção e tratamento de doenças. Apesar de parecer uma recomendação óbvia, muitas pessoas pensam que, depois de ficarem mais velhas, as visitas ao dentista não precisam ser tão frequentes, o que é uma mentira.
————————————————
Agora que você já sabe o que é odontogeriatria e conhece os principais cuidados a se tomar, fica mais fácil preservar a saúde oral, gengiva e ossos saudáveis nesta fase da vida.