Você sabe o que é bruxismo de vigília?
Quando se fala em bruxismo, o que vem à sua cabeça? Geralmente, pensamos logo no hábito involuntário de “bater” os dentes durante o sono, certo? Mas você sabia que esse movimento também acontece quando a pessoa está acordada? É o chamado “bruxismo de vigília”. Muito associado à ansiedade e ao estresse, esse tipo de bruxismo provoca o ranger, o raspar ou o apertar dos dentes e/ou a contração dos músculos da face quando se está desperto.
Neste texto, vamos esclarecer alguns detalhes sobre essa condição,explicando os sintomas, causas e tratamentos. Confira.
Por que isso ocorre?
De maneira geral, o bruxismo pode ocorrer devido ao estresse psicológico experimentado diariamente, e pode incluir na sua lista de causas uma série de fatores, como os alimentos que você consome, seu nível de preparo físico, sua estabilidade emocional, estado de saúde geral, nível de bem-estar, o número de horas que você dorme todas as noites, ambiente em que você vive, sua interação com as pessoas quando está em casa e a maneira em que você enfrenta os desafios do dia a dia e etc.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema chega a afetar 30% da população mundial e 40% dos brasileiros, mas apenas de 5% a 20% destes indivíduos têm consciência do hábito.
Identificando o quadro.
O bruxismo de vigília é quase sempre inconsciente. O paciente não percebe que está apertando os dentes ou contraindo a musculatura da face, podendo permanecer assim por longos períodos, principalmente quando submetido a situações de tensão, estresse ou concentração.
Além disso, a condição pode surgir também como efeito colateral de algumas medicações, ou mesmo alterações neurológicas, como o Mal de Parkinson.
O diagnóstico pode demorar se o paciente não passar as informações corretas, por isso, é importante relatar sempre a dor na região das têmporas e da face, além dos hábitos que parecem não ter relação, como roer unhas, mascar chicletes, morder canetas e, é claro, se mantém os dentes encostados durante o dia.
Os sinais e sintomas do bruxismo de vigília
É fundamental estar atento aos sinais, pois são eles que indicam o momento de procurar a ajuda de um especialista. Veja abaixo:
– Cefaleia tensiona (dor de cabe’ça)
– Zumbido sem origem definida
– Hipertrofia dos músculos da face
– Quebra dos dentes e próteses
– Sensibilidade dentinária
– Dor e mobilidade dos dentes
– Dor facial devido à força com que os músculos maxilares são pressionados
– Dor de cabeça
– Fadiga facial geral
– Dor na articulação temporomandibular.
Tratamento além do dentista
O bruxismo não possui cura, mas é possível tratar tanto as consequências na arcada dentária do paciente, como a origem do problema com o tratamento adequado.
Se o bruxismo de vigília estiver associado a cefaleias tensionais, distúrbios da ATM e zumbidos, por exemplo, é necessária a intervenção terapêutica. Nesses casos o tratamento pode incluir terapia cognitiva comportamental (com técnicas de reversão de hábitos), terapias físicas (fisioterapia, termoterapia, acupuntura, TENS) e outras técnicas.
Além disso, o dentista pode sugerir certos tipos de alimentos sejam evitados, como chocolate e bebidas que contenham cafeína e álcool, além de indicar alguns exercícios para relaxar os músculos maxilares durante o dia. Se seu caso for um bruxismo for mais severo, a recomendação é o uso de placa oclusal, toxina botulínica ainda uso de medicamentos relaxantes.
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Cada vez mais comum, o quadro de bruxismo de vigília pode trazer sérias consequências quando não tratado. Entre elas, enxaqueca e perda dos dentes, podendo chegar a casos cirúrgicos em que é preciso a colocação de prótese. Além disso, ele contribui para o surgimento de outro problema, a disfunção temporomandibular (DTM), patologia que afeta a articulação da mandíbula, podendo causar o travamento da mesma.